terça-feira, 3 de junho de 2008

Eu quero que você vá embora. Eu quero ir embora de você. Eu quero nunca mais dormir no encaixe perfeito. Eu quero que você não queira morar dentro de mim. Eu quero ver você por dentro. Eu quero não ter você nos meus mais vastos pensamentos imperfeitos. Eu quero que você não visite a minha coleção de caramiolas parasitas. Eu quero que você turn into thousand pieces. Eu quero catar os fragmentos, os pedaços, as partes e costurar seu corpo em uma receita de bolo. Eu quero a massa, eu quero o rolo. Eu quero que você cresça, dentro do meu jardim de infância. Eu quero tomar parte na sua educação, na formação primária, na sua forma de olhar o mundo. Eu quero que o mundo desapareça. Eu quero todas as pessoas vivas mortas. Eu quero um universo paralelo. Eu quero sufocar cada milímetro aceso de liberdade possivel. Eu quero um fósforo no meio do sono. Eu quero travesseiro, lençol e pés quentes. E quando penso que não, linha por linha, o gosto do se atravessa minha porta, abre as janelas da casa e afirma meu já tão longo estar sobre um muro.

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