sexta-feira, 4 de julho de 2008



"Falta tanta coisa na minha janela, como uma praia. Falta tanta coisa na memória, como o rosto dela. Falta tanto tempo no relógio, quanto uma semana. Sobra tanta falta de paciência que me desespero. Sobram tantas meias-verdades, que guardo pra mim mesmo. Sobram tantos medos que nem me protejo mais. Sobra tanto espaço.. dentro do abraço

Falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo!"


Até parece fácil.

Numa doce manhã, nem tão fria e nem tão quente.. digamos assim, um tanto agradável. Daquelas em que seu pensamento voa longe e acaba por não chegar a lugar nenhum. Se expõem dúvidas e medos, alinhados com a coragem e a falta de vontade de fazer qualquer coisa. A mudança bate em sua porta e implora por uma forma de concretização. Na noite em que sonhos se perderam junto a viradas pru'm lado, pr'outro e assim vai..

Saudade. Essa nunca se vai, essa nunca se acaba e nunca se cura por completo. Só aumenta, a cada segundo, só aumenta. Para ela, o unico antídoto vem a ser aquelas imagens, que não se mechem.

"Metade de mim, agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só.."


E o que me acalma nesses momentos nem tão frígidos, pouco espontâneos e criativos é isso e somente estas.. estas palavras juntadas de forma prática, perfeita e inconstante.

"todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser, todo verbo é livre para ser direto e indireto. Nenhum predicado será prejudicado, nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e ponto final! Afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas e estar entre vírgulas pode ser aposto.. e eu aposto o oposto que vou cativar a todos, sendo apenas um sujeito simples"


..um sujeito simples, sem mais e não menos importante.


Por A.S